Deep Techs | Entenda o que são e como surgiu o conceito

Deep Techs

Em um mundo inundando pela tecnologia, além das big techs e outras techs, já podemos contar com outro segmento no mercado. Estamos falando das deep techs, termo que traduzido para o nosso bom e velho português, pode significar “tecnologia profunda”.

Não é exagero dizer que hoje vivemos ilhas cercadas de “techs” por todos os lados. Hoje em dia temos as ecotechs, empresas que usam tecnologia para auxiliar o meio ambiente, as healthtechs, empresas de base tecnológica que atuam no segmento da saúde.

Mas sobretudo, não podemos deixar de mencionar as famosas fintechs, as empresas ou startups que atuam desenvolvendo produtos financeiros essencialmente digitais, utilizando a tecnologia como seu principal diferencial.

Também é interessante mencionar as big techs, que são as atuais gigantes da tecnologia, como a Amazon, Apple, Google e outras empresas que possuem a tecnologia em seu DNA.

Voltando para o tema central, a base das deep techs é a ciência e os avanços tecnológicos. Para você ter uma ideia, muitos dos conceitos atuais que envolvem Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e outros elementos essenciais para a indústria e para o nosso dia a dia, possuem relação com as deep techs.

Nesse artigo a gente vai mostrar como surgiu esse conceito, apontando onde e como as deep techs atuam, destacando também as vantagens que elas oferecem, assim como os desafios que elas devem superar nesse contexto de intenso avanço tecnológico.

Tenha uma boa leitura!

Deep Techs – Entenda o conceito

As deep techs são essencialmente startups com o foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e disruptivas.

Nesse sentido, tais empresas podem efetuar testes e pesquisas aprofundadas em disciplinas das mais variadas, como, por exemplo, Matemática, Física, Engenharia e Biologia.

Graças a isso, as deep techs se tornam aptas à solucionar vários problemas do dia a dia moderno, em áreas que vão da agricultura até a gestão das finanças.

O termo deep tech significa “tecnologia profunda” e foi mencionado pela primeira vez em 2014, quando a CEO Swati Chaturvedi quis fazer uma referência a empresas que atuam com inovações científicas e descobertas tecnológicas, se diferenciando, por isso, de outras startups.

Chatuverdi, CEO da Propel(X), usou esse termo para definir startups que se destinam a desenvolver tecnologias para resolver questões essenciais do mundo moderno, tais como:

  • mobilidade urbana,
  • cura de doenças,
  • aquecimento global,
  • investimento e finanças.

Portanto, com base nessas definições, as startups conhecidas e desenvolvedoras de “tecnologia profunda” se empenham em criar inovação com base em pesquisa científica e avançada.

Além disso, elas normalmente contam com ferramentas como inteligência artificial, internet das coisas (IoT), robótica, biotecnologia, computação quântica e outros conceitos que marcam a tecnologia atual.


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O que caracteriza uma Deep Tech?

As deep techs são muito importantes no que diz respeito a inovações no setor das finanças e gestão de empresas, disponibilizando novidades na área dos bancos digitais e soluções referentes a métodos de pagamentos.

Por isso, para uma melhor compreensão do que é e o que pode fazer uma deep tech, é importante ficar a par das principais características desse tipo de empresa. São elas:

  • Investimento elevado;
  • Maior prazo para o desenvolvimento de tecnologias;
  • Impacto no dia a dia das pessoas.

De uma forma geral, as deep techs demandam muito investimento para viabilizar o custo de materiais, pesquisas, testes, equipamentos, profissionais e outros elementos.

Também é importante lembrar que as soluções de uma deep tech necessitam de muito tempo para desenvolver os seus produtos e serviços para possibilitar uma produção em grande escala.

Além do mais, as soluções desenvolvidas por uma deep tech possuem o objetivo de revolucionar determinados tipos de setores. No caso das instituições financeiras, por exemplo, elas permitem a digitalização e outros conceitos atuais bastante relevantes, como Open Banking, por exemplo.

Saiba o que diferencia as Deep Techs de outros tipos de Startups

Hoje em dia muitos investidores sentem uma certa dificuldade de compreender as principais características das deep techs, pois elas possuem várias diferenças em relação às startups como as conhecemos.

As deep techs contam com características diferentes de startups convencionais justamente por manterem o foco em um tipo específico de tecnologia e por apresentarem um significativo potencial de transformação, estabelecendo mudanças visíveis e facilmente percebidas.

A importância das deep techs pode ser notada diante das descobertas e soluções que impactam diretamente empresas e consumidores, usando para isso sempre o que há de mais novo em tecnologia.

Desse modo, o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções são baseadas em anos de pesquisa, ao contrário das Startups, que muitas vezes não necessitam desse longo período de maturação.

Fique por dentro dos principais tipos de tecnologias no contexto das Deep Techs

As deep techs possuem uma característica bastante marcante: são startups que exercem atividades baseadas em pesquisa científica de ponta. Elas influenciam de forma significativa vários setores da sociedade, inclusive o mercado financeiro, métodos de pagamentos e finanças.

O desenvolvimento das deep techs é, na maioria das vezes, um processo lento e que demanda uma série de custos, tudo isso aliado a um elevado grau de incerteza.

No entanto, quando tais iniciativas denotam avanço e sucesso, essas tecnologias surgem no mercado com um enorme potencial, conseguindo criar mudanças disruptivas ainda trazer retornos que fazem toda a diferença.

Nesse contexto, vale a gente conhecer melhor os principais tipos de tecnologia que hoje em dia são importantes para o funcionamento das deep techs. Vamos entender quais são elas?

Inteligência Artificial

Talvez as IAS sejam as grandes protagonistas do atual momento digital em que vivemos, ainda mais a partir do momento em que ferramentas, como o ChatGPT entraram definitivamente em cena.

Antes disso, a Inteligência Artificial já tinha um espaço importante na gestão de empresas e instituições financeiras. Os chatbots, recursos responsáveis por fazer o atendimento virtual em sites, são exemplos claros disso.

No mercado de pagamentos a IA é responsável por revolucionar vários aspectos, impactando profundamente o modo como as transações são realizadas, como funcionam os recursos de segurança e proteção, bem como elas podem ser melhoradas.

Levando isso em conta, a Inteligência Artificial pode ser utilizada para otimizar mecanismos capazes de detectar fraudes em transações, viabilizar o reconhecimento facial, disponibilizar os chamados Contratos Inteligentes e melhorar a personalização de ofertas para clientes.

No entanto, quando a gente fala de Inteligência Artificial em qualquer contexto, seja no âmbito das deep techs e do mercado de pagamentos, sempre é bom ter em mente dois conceitos importantes conforme veremos a seguir.


Saiba neste artigo como a IA vem transformando o mercado de pagamentos


Machine Learning

Também chamado de Aprendizado de Máquina, esse recurso consiste em um ramo da Inteligência Artificial que mantém o foco em desenvolver sistemas capazes de aprender por meio de dados.

Sem a necessidade de serem programados com normas previamente estabelecidas para realizarem tarefas distintas, esses sistemas baseados em machine learning são treinados utilizando dados e algoritmos que possibilitam otimizar o seu desempenho para realizar seu objetivo.

Em suma, o Machine Learning possibilita que computadores tenham condição de aprender com os dados, sem que essa tarefa seja programada.

Isso permite antecipar cenários em várias situações, que vão desde conhecer melhor o perfil dos até mesmo detectar fraudes em transações bancárias.

Deep Learning

Mais avançado que o Aprendizado de Máquina, podemos dizer que o Aprendizado Profundo é um modelo que utiliza redes neurais de várias camadas. Essas camadas são conhecidas como redes neurais profundas.

Graças a elas é que as máquinas passam a ter uma característica muito interessante (para não dizer surpreendente): simular a capacidade de raciocínio de um cérebro humano.

Enquanto os modelos tradicionais de aprendizado de máquina usam redes neurais simples baseados em apenas uma ou duas camadas computacionais, os modelos de deep learning utilizam várias camadas para treinar os modelos.

O resultado disso você pode ver no desenvolvimento de recursos que permitem detectar fraudes em cartões de crédito, por exemplo.

Blockchain

A Blockchain é uma das principais inovações digitais dos últimos anos. Não é à toa que ela tem tudo a ver com as deep techs e também quando falamos em segurança no mercado financeiro.

Sabe as famosas criptomoedas, que inclusive fazem sucesso entre investidores? Pois então, elas são seguras e acessíveis por causa da blockchain.

Blockchain, em tradução literal, significa cadeia de blocos. De um modo bastante simples e eficiente, essa cadeia de blocos consiste em uma tecnologia capaz de agrupar um conjunto de informações que se conectam por meio de criptografia.

Graças a isso, não apenas as transações financeiras, mas também outros tipos de operações, podem ser feitas de forma segura. A Blockchain tem um lugarzinho de destaque na magia que faz as transações digitais funcionarem, pois ela garante que ninguém cometa fraudes.

Na prática, ela funciona como um grande livro-caixa público, em que são registradas todas as transações, de forma rápida e segura.

Além do mais, a grande inovação da Blockchain é a capacidade de armazenar os dados de forma sequencial e descentralizada, dispensando a atuação de uma entidade financeira coordenando o processo.

Inclusive, os próprios usuários da rede estão habilitados a averiguar de forma simples e se as regras estão sendo devidamente cumpridas.

Não é à toa que iniciativas de deep techs devem estar antenadas em tudo o que a blockchain representa e também nas suas principais vantagens.

Big Data

O grande volume de dados, como são chamados os Big Data, também são importantes no contexto das deep techs.

Na atual era dos dados, a possibilidade de desenvolver sistemas e plataformas multiconectadas é a garantia de vários benefícios para as empresas, pois permite a avaliação, a análise e o armazenamento de informações.

De forma geral, os dados são extremamente valiosos nos dias de hoje, pois o uso de tecnologias que permite trabalhar com eles é uma questão de sobrevivência para qualquer negócio.

Por essa razão, as deep techs devem muito ao Big Data, seja no contexto da realização do marketing digital ou até mesmo na hora de desenvolver soluções para o setor financeiro.

O impacto das Deep Techs na sociedade

Normalmente todas as startups são conhecidas por serem inovadoras e explorarem soluções escaláveis e com um alto potencial de crescimento.

Nesse sentido, as deep techs são startups conhecidas pelo seu poder ainda mais revolucionário, sendo capaz de trazer inovações disruptivas que podem impactar de forma positiva vários setores da economia e da sociedade.

Quem conhece bem essas tecnologias altamente avançadas, sabe que elas possuem a capacidade de transformar indústrias, desenvolver novos mercados e melhorar a vida das pessoas de maneiras nunca antes imaginadas, inclusive quando o assunto é o mercado financeiros e de investimentos.

Ou seja, as Deep Techs apresentam o foco total na inovação científica e no uso de tecnologias avançadas.

A partir disso elas almejam desenvolver soluções disruptivas e ousadas para sanar problemas complexos no dia a dia. Tais empresas muitas vezes trabalham com pesquisadores e cientistas altamente qualificados, que atuam em suas respectivas áreas de estudo.

Finanças e gestão de empresas

No âmbito da gestão de negócios, de finanças e investimentos, as deep techs são elementos de transformação.

Essas mudanças do cenário financeiro mundial vêm estimulando o surgimento de novos modelos de negócio e projetos inovadores, especialmente por meio de inovações mais profundas, guiadas, especialmente pelo uso de inteligência artificial e de várias outras tecnologias hoje consideradas indispensáveis.

Tais inovações possuem o objetivo de atender às demandas de um mercado cada vez mais voltado para a digitalização dos serviços.

A consolidação das deep techs vem acelerando a transformação digital nos bancos, pois são essas empresas capazes de disponibilizar serviços financeiros diversos a partir de uma base altamente tecnológica.

Também é importante destacar a relevância das deep techs no contexto da gestão de empresas, visto que elas podem trazer inúmeras tecnologias e novidades com alta capacidade de otimizar o processo de gerenciamento de um negócio.

Nesse contexto, campos de estudo como a Inteligência Artificial, a nanotecnologia, a biotecnologia e a robótica exercem um importante papel para desenvolver várias tecnologias, melhorias e vantagens fundamentais para as deep techs. Entre as principais vantagens podemos salientar:

  • Redução de custos
  • Melhor atendimento aos clientes
  • Otimização dos processos
  • Aumento da competitividade
  • Reconhecimento da marca no mercado
  • Rapidez na hora de sanar problemas.

Conheça as principais Deep Techs no Brasil e na América Latina

O combustível das deep techs é essencialmente a inovação. Não dá para imaginar avanços tecnológicos sem uma boa dose de inovação. Lembrando também que incentivos financeiros e criatividade também fazem parte dos ingredientes.

No caso da América Latina, é possível afirmar que a fase é favorável para o surgimento das deep techs. Alguns exemplos que reforçam essa afirmação são empresas como a:

  • Establishment Labs (startup da Costa Rica que atua na área de implantes mamários);
  • NotCo (empresa chilena que atua na produção de alimentos ecológicos e saudáveis);
  • Bioceres (empresa argentina que também atua na produção de alimentos);
  • Sattelogic (empresa argentina que trabalha na área da tecnologia espacial).

Repare que os empreendimentos acima mencionados não se limitam a desenvolver dispositivos móveis ou tecnologia para um determinado produto. Elas operam em áreas que demandam tecnologia avançada, ou tecnologia profunda, ou se você preferir, “deep tech” mesmo.


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Isso é um ponto importante para a América Latina. A presença, o investimento e a profusão de deep techs transforma o continente em um verdadeiro celeiro de ideias, um terreno fértil para a criatividade, a inovação e incentivo para profissionais e cientistas das mais variadas áreas.

A biotecnologia, nesse contexto, é a ciência que está em alta quando o assunto são as deep techs na América Latina. Quem também vem contribuindo para o sucesso dessas iniciativas são a Inteligência Artificial, a robótica, a nanotecnologia e a tecnologia espacial.

Os motivos que levam a esse crescimento das deep techs com sotaque latino são a necessidade de novas ideias, aberturas para determinadas áreas de conhecimento, a demanda do público por tecnologias viáveis no dia a dia e a necessidade de inovação.

Também é interessante mencionar a ousadia e a coragem em arriscar no investimento em iniciativas, empresas emergentes e negócios diferenciados.

Nesse contexto, o ápice das deep techs na América Latina é formado pelo power trio Argentina, Chile e Brasil.

Argentina

País do Messi e do Maradona, a Argentina conta com a maior quantidade de deep techs na região, assegurando uma posição confortável nesse quesito, ao mesmo tempo em que abre espaço para mais profissionais e projetos criativos.

Também é bom lembrar que os nossos hermanos são os criadores da Auth0, a empresa que atua no setor de cibersegurança. Ela foi vendida em 2021 e desde então se consolidou como uma das deep techs mais fortes da região.

Além do mais, a Argentina também se destaca no campo da biotecnologia, enquanto a empresa Satellogic é o grande nome quando a conversa é sobre tecnologia espacial.

Chile

As deep techs que atuam em solo chileno conquistam uma boa fatia do mercado do país, ainda que a economia desse país seja menor quando a colocamos ao lado do Brasil e da Argentina.

As deep techs chilenas estão avaliadas em mais de um milhão de dólares, representando um valor significativo no que diz respeito a incentivos e avanços tecnológicos.

Outro detalhe interessante é o fato de que o Chile possui uma boa quantidade de startups. Esse é um indício de que o país é um terreno fértil para iniciativas que visam a criatividade e a inovação.

No segmento das deep techs, a NotCo, empresa que utiliza tecnologia artificial para desenvolver seus alimentos, é a mais bem-sucedida do país

No quesito campo de estudos, mais da metade das empresas fazem parte do setor de biotecnologia, acompanhada pela inteligência artificial.

Brasil

Em termos de quantidade de deep techs na América Latina, o nosso país fica atrás apenas da Argentina.

Para um país que ocupa uma significativa parte do mapa, isso pode até parecer pouco, contudo, é bom lembrar que tais empresas possuem um bom valor de mercado.

Além do mais, empresas que valem mais de US$ 10 milhões constituem o batalhão de deep techs em solo brasileiro, muitas delas, inclusive, atuando na área da biotecnologia.

Inclusive, a biotecnologia é forte em nosso continente por causa da grande ligação com as atividades agropecuárias e devido à grande biodiversidade.

Vale destacar ainda que o Brasil possui um alto potencial de crescimento quando se trata de deep techs. A razão disso é a quantidade de pesquisadores e também os incentivos existentes em universidades e instituições de ensino.

Mas os outros países latino-americanos, onde entram nessa dança das deep techs? A Costa Rica está bem representada pela empresa Establishment Labs. Os outros países que correm por fora e ainda apresentam um bom potencial para crescimento são o México e a Colômbia.

Também é importante destacar que as deep techs latinas precisam superar alguns desafios ao longo do caminho.

O principal deles é a dificuldade em investimentos. No entanto, nem tudo está perdido e o continente, apesar das dificuldades, tem um papel importante quando se trata de inovação e soluções tecnológicas.

Conclusão

Nesse artigo a gente mostrou para você que, além das já conhecidas fintechs, temos também despontando no horizonte as deep techs. Esse termo, criado em 2014, é uma referência a empresas, startups ou produtos que estão na vanguarda em termos tecnológicos e científicos.

Mostramos também que as deep techs, de um modo geral, se diferenciam por desenvolverem produtos ou serviços baseados em descobertas científicas ou tecnológicas recentes. Além do mais, contam ainda com um alto componente de pesquisa e desenvolvimento.

Não é por acaso que as deep techs normalmente estão envolvidas com conceitos como, por exemplo, desenvolvimento e uso de Inteligência Artificial, Deep Learning, Machine Learning, Big Data, Blockchain e outros recursos tecnológicos recentes.

Portanto, podemos concluir que as deep techs apresentam um enorme potencial, capaz de transformar a sociedade e oferecer avanços para os mais variados setores, incluindo a gestão de empresas, a educação, saúde, cultura e muitos outros.

No entanto, é necessário ter em mente que empresas, investidores e o governo também devem apoiar e investir na pesquisa e no desenvolvimento dessas tecnologias disruptivas.

As deep techs já são uma realidade no nosso dia a dia e para você conhecer ainda mais esses e outros conceitos relacionados com tecnologias e finanças, não deixe de conferir outros dos nossos conteúdos.

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