Dando seguimento à revolução atual no sistema financeiro brasileiro, o Open Finance surge para atualizar novidades presentes no mercado.
Com o Open Finance, os clientes aproveitam um aumento na diversidade de soluções financeiras ao seu dispor.
Isso porque, agora, empresas de quaisquer segmentos passam a poder atuar como instituições financeiras.
De modo geral, o conceito de “finanças abertas” oferece diversos benefícios, impactando positivamente a rotina dos brasileiros.
Apesar disso, existem muitas dúvidas sobre a criação de um sistema financeiro aberto e o que isso representa na prática.
Quer descobrir o que é o Open Finance e qual a sua diferença para o recém lançado Open Banking? Então continue neste artigo!
O que significa Open Finance?
O Open Finance é um sistema financeiro aberto que permite que várias organizações, além dos bancos, ofereçam soluções financeiras em seu portfólio.
Para isso, no entanto, é preciso estar de acordo com regulações pré-estabelecidas pelo Banco Central.
Na prática, a novidade capacita mais empresas a prestarem serviços mais completos para seus consumidores.
Dessa forma, dando seguimento à tendência de descentralização de operações financeiras no País.
O conceito de Open Finance serve como substituto ao atual e recente modelo de Open Banking.
Segundo o BC, o intuito do novo programa é poder atingir não só as instituições bancárias, mas também organizações financeiras, como:
- Companhias de câmbio;
- Corretoras;
- Fundos de previdência.
Historicamente, os bancos concentram a maior parte dos serviços financeiros no Brasil.
E por conta disso, sempre exigiram altas taxas para a prestação de serviços burocráticos e nem sempre vantajosos.
Junto ao lançamento do PIX e PISP, o Open Finance contribui para uma completa revolução em todo o sistema financeiro.
Para o consumidor final, a mudança representa mais praticidade e economia na contratação de serviços e produtos financeiros.
Para que serve Open Finance?
Com o lançamento do Open Banking e atualização para o Open Finance, os dados bancários que eram exclusivos dos bancos passam a ser compartilhados.
A partir de agora, é o próprio consumidor quem fica responsável por suas informações financeiras.
Assim, permitindo a busca por soluções financeiras em outras instituições em que ele não tenha conta aberta.
O objetivo da troca, além de aumentar a autonomia dos clientes, é possibilitar o acesso a melhores produtos e serviços financeiros.
Ao aumentar a competitividade no mercado, o Open Finance incentiva a criação de melhores práticas e condições por parte das instituições.
Como funciona o Open Finance?
Para entender o funcionamento do Open Finance, é importante entender como foi desenvolvido o projeto do Open Banking.
Desde o início, a proposta era descentralizar as informações bancárias, permitindo que o cliente leve seus dados financeiros para onde quiser.
Os dados que puderam ser compartilhados após o lançamento do Open Banking são:
- Nome;
- Telefone;
- Endereço;
- CPF ou CNPJ;
- Nome e dados dos sócios;
- Perfil de consumo;
- Capacidade de compra;
- Comprovante salarial (para PFs);
- Faturamento (para PJs);
- Movimentação de conta corrente;
- Informações sobre empréstimos e financiamentos.
Entretanto, para que haja a troca de informações, o indivíduo proprietário dos dados deve informar seu consentimento.
Somente com essa autorização, as instituições utilizam as informações para criar condições mais vantajosas para o perfil do cliente.
De acordo com o Banco Central, os dados pessoais e financeiros podem ser armazenados por até 12 meses.
Após isso, é preciso que a organização solicite uma nova permissão para o usuário.
Com a chegada do Open Finance, o compartilhamento de dados vai muito além dos bancos.
Nesse sentido, instituições financeiras como plataformas de investimento e fundos de pensão e previdência são autorizadas a desfrutar dos dados de seus clientes.
Além de incentivar a diminuição no custo de soluções, essa realidade permite o surgimento de novos modelos de serviços financeiros.
Qual a diferença entre Open Banking e Open Finance?
O Open Banking foi criado para alterar o funcionamento tradicional do sistema financeiro no Brasil.
O cliente, que até então não tinha poder de decisão sobre suas informações, agora passa a ser o detentor desses dados.
Desse modo, sendo capaz de buscar por soluções que melhor atendam suas necessidades sem estar limitado à existência de conta bancária.
O modelo, inspirado na economia europeia, impactou diretamente as operações de bancos e fintechs de todo o País.
Já o Open Finance, entendido como uma evolução do Open Banking, promove alguns complementos para todo o projeto do Bacen.
O conceito abrange ainda mais setores financeiros, como as corretoras, fundos e companhias de câmbio.
Além disso, também traz à tona dois novos conceitos, que são:
Open Insurance
Seguindo a mesma lógica do Open Finance, o Open Insurance é voltado para a abertura do mercado de seguros.
A partir do estabelecimento de um conjunto de diretrizes, as seguradoras deverão abrir os dados aos seus clientes que, por sua vez, o compartilharão com quem quiserem.
Também será possível oferecer produtos e oportunidades para consumidores relacionados a outras seguradoras.
Para isso, o processo exige, além da integração com outras seguradoras, o consentimento prévio do usuário.
Open Investment
Baseado no Open Finance, o Open Investment foi proposto ao BC pela ANBIMA para incluir o compartilhamento de dados sobre investimentos no projeto.
O processo também será colocado em prática a partir de diretrizes padronizadas, incluindo produtos como:
- Fundos de investimento;
- Debêntures;
- Ações;
- ETFs;
- Tesouro Direto;
- CDBs e RDBs;
- LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.
A implementação dessas informações será executada apenas na quarta fase do sistema financeiro aberto.
Open Finance vale a pena?
No sistema financeiro tradicional, todos os dados financeiros do cliente pertenciam à sua instituição financeira.
Na prática, isso trazia uma enorme desvantagem para os clientes, que contavam com apenas uma empresa “capacitada” para lhe oferecer boas oportunidades.
Com a chegada do Open Finance e o consentimento do consumidor, diversas organizações passam a ter acesso a esses dados.
E assim, podem oferecer soluções financeiras moldadas ao perfil do cliente e seus objetivos.
Com o aumento no leque de produtos e serviços à disposição, torna-se muito mais fácil encontrar opções mais vantajosas.
Portanto, é possível citar os seguintes benefícios do Open Finance:
- Maior transparência do mercado;
- Otimização de processos financeiros;
- Autonomia sobre dados pessoais;
- Personalização de serviços;
- Maior quantidade de soluções disponíveis.
Apesar da maior concorrência, o número de possibilidades para as empresas aumenta consideravelmente.
Conclusão
Com todas essas informações, concluímos que expandindo as propostas do Open Banking, o Open Finance oferece ainda mais vantagens para as empresas e seus consumidores.
Continue acompanhando nossas postagens para saber todas as novidades que vem por aí deste novo ecossistema financeiro